segunda-feira, 29 de outubro de 2012


Açaí não é indicado em pacientes com câncer

Pesquisa mostra que ingestão de suco de açaí comercial inibe os benefícios metabólicos da fruta

 Polpa de açaí: suplementação reduz a expressão de citocina pró-inflamatória em órgãos e tecidos adiposos, mas causa aumento da massa tumoral
Polpa de açaí: suplementação reduz a expressão de citocina pró-inflamatória em órgãos e tecidos adiposos, mas causa aumento da massa tumoral
São Paulo – “Um dos principais desafios na luta contra o câncer é esclarecer os mitos que cercam a doença.” Assim começa reportagem publicada em 4 de outubro de 2012 no site da BBC Brasil, sobre uma pesquisa apresentada no congresso da Sociedade Europeia de Oncologia Clínica, na Áustria, que destacou os principais mal-entendidos acerca do câncer que permeiam o imaginário popular.
No Brasil, estudos feitos por Marília Seelaender, professora associada do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), também têm ajudado a esclarecer aspectos associados ao câncer.
Segundo Seelaender, muitos profissionais da saúde buscam combater o tumor e não se importam em tratar o paciente por inteiro. As pesquisas que realiza buscam caracterizar a caquexia associada ao câncer, que consiste em uma inflamação crônica dos órgãos que causa desnutrição e perda excessiva de peso.
“A caquexia se manifesta em 80% dos casos terminais e é responsável pela morte de mais de 20% dos pacientes com câncer. Ainda assim, é tratada por meio da reposição calórica, a qual tem se revelado completamente inócua”, disse.

Em seu mais recente trabalho científico concluído a respeito do tema, Seelaender investigou a suplementação com açaí em casos de caquexia. O estudo teve apoio da Fapesp por meio da modalidade Auxílio à Pesquisa – Regular.
Muito além de uma dieta de calorias – o que, segundo Seelaender, é a recomendação mais comum para atenuar a caquexia –, a pesquisa propôs analisar o efeito desse alimento em uma dieta de longo prazo, visando à modulação da expressão gênica pelo nutriente da fruta.
Sabe-se que o açaí tem propriedades antiinflamatórias em sua composição natural. No entanto, os estudos feitos no ICB-USP verificaram que, em bebidas comerciais, com a adição de xarope de glicose, os ganhos metabólicos dos nutrientes são eliminados.
“Essa constatação foi feita na primeira fase do projeto, quando testamos bebidas de açaí encontradas em supermercados na suplementação de ratos sadios. Pudemos notar início de esteatose – ou fígado gorduroso –, redução de enzimas ligadas ao metabolismo da glicose e aumento de peso e adiposidade”, destacou Seelaender.
Na segunda etapa da pesquisa, o xarope de glicose foi substituído por mel orgânico, que tem propriedades antiproliferativas. “Dessa vez, comprovamos que, tanto nos animais sadios como nos que portavam tumor, a ingestão desse suco finalmente fez com que a propriedade antiinflamatória do açaí se manifestasse”, disse Seelaender.
Para análise dos experimentos foi levada em conta a razão entre as citocinas pró e antiinflamatórias – IL-6 e IL-10 (interleucinas), respectivamente – presentes no fígado, no músculo e nos tecidos adiposos epididimal e retoperitoneal dos ratos.
Isso porque, em pacientes humanos caquéticos, a relação entre essas citocinas indica um perfil pró-inflamatório (ou seja, mais IL-6 do que IL-10), o que determina inflamação nos órgãos e, consequentemente, desnutrição nos pacientes com câncer.
“Então, nesse aspecto, a suplementação com açaí causou efeitos positivos, uma vez que reduziu a expressão da citocina pró-inflamatória no organismo”, disse Seelaender.
Aumento tumoral
Outra propriedade do açaí, ainda mais conhecida do que a antiinflamatória, é a antioxidante. Seelaender e equipe procuraram verificar se a suplementação com suco de açaí e mel resultava na redução do estresse oxidativo relacionado à caquexia.
“A ingestão desse composto diminuiu a concentração de malondialdeído – que é um elemento pró-oxidante – apenas em ratos sadios. Além disso, em animais doentes, ela causou um aumento significativo da massa tumoral”, disse.
O resultado é que, embora os nutrientes do açaí tragam melhorias em relação ao perfil antiinflamatório do organismo, eles não são eficientes no combate ao estresse oxidativo e ainda podem resultar no crescimento do tumor.
“Por conta disso, não indicamos a suplementação com açaí para o tratamento da caquexia associada ao câncer”, advertiu SeelaCender, que, atualmente, realiza testes em humanos, para analisar as consequências da prática de exercícios físicos no combate a esse sintoma.
Segundo a pesquisadora, essa relação já havia sido estudada em ratos com resultados surpreendentes. “Todos os sintomas da caquexia foram contrabalançados pela atividade física regular e, em humanos, já temos notado inclusive uma diminuição da massa tumoral”, disse.

Mel Maia e Matheus Costa visitam instituição de apoio ao câncer

Fofíssimos, os atores mirins estiveram na Casa Ronald McDonald, no Rio, nesta quinta-feira, 25, onde participaram de um ensaio fotógrafico.

Mel Maia e Matheus Costa (Foto: Divulgação)
Mel Maia e Matheus Costa (Foto: Divulgação)
A pequena Mel Maia, que arrasou como a Rita de ”Avenida Brasil”, e o também ator mirim Matheus Costa visitaram a instituição de apoio ao câncer infantojuvenil, Casa Ronald McDonald, no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira, 25.
A dulpa participou de um ensaio fotográfico para divulgar o II Circuito Infantil de Corridas Contra o Câncer. ”Participo dos eventos do Instituto Ronald McDonald desde bem pequeno, quando ia com o meu pai”, conta Matheus, que viveu o Salim de ”Cordel encantado” e, em 2013, será Pedro, do filme “O Tempo e o Vento”, de Jayme Matarazzo.Fonte: Site EGO do Portal G1

quarta-feira, 24 de outubro de 2012


  1. Foto: ATENÇÃO! CÂNCER DE MAMA, COMPARTILHE URGENTE!
Segundo tipo mais frequente no mundo, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. Se diagnosticado e tratado oportunamente, o prognóstico é relativamente bom.

No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estádios avançados. Na população mundial, a sobre
vida média após cinco anos é de 61%.

Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente. Estatísticas indicam aumento de sua incidência tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas décadas de 60 e 70 registrou-se um aumento de 10 vezes nas taxas de incidência ajustadas por idade nos Registros de Câncer de Base Populacional de diversos continentes.

Estimativa de novos casos: 52.680 (2012)

Número de mortes: 12.852, sendo 147 homens e 12.705 mulheres (2010)

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Novo medicamento para o Tratamento de Câncer Colorretal Metastático é aprovado pelo FDA dos EUA

Stivarga, novo medicamento
A Food and Drug Administration (FDA) dos EUA aprovou os comprimidos Stivarga® (regorafenibe) para o tratamento de pacientes com câncer colorretal metastático (CCRm) que haviam sido anteriormente tratados com as terapias atualmente disponíveis (incluindo quimioterapia à base de fluoropirimidina, oxaliplatina e irinotecano, uma terapia anti-VEGF e, se KRAS do tipo selvagem, uma terapia anti-EGFR). A aprovação do Stivarga baseia-se nos resultados do estudo Fase III (CORRECT), o qual demonstrou melhoria estatisticamente significativa na sobrevida global (SG) e sobrevida livre de progressão (SLP) em comparação a placebo em pacientes com CCRm, cuja doença havia progredido após terapias-padrão aprovadas. O Stivarga é um inibidor oral multiquinase que inibe várias quinases dentro dos mecanismos envolvidos no crescimento e progressão de tumores – angiogênese, oncogênese e o microambiente do tumor.
“A aprovação nos EUA do Stivarga é um marco importante para a Bayer, pois é a primeira aprovação desse inovador tratamento contra o câncer que atende a uma necessidade médica significativa não atendida no tratamento de câncer colorretal metastático”, afirmou o Dr. Jörg Reinhardt, presidente mundial da Bayer HealthCare. “A Bayer faz investimentos significativos para oferecer aos pacientes e seus médicos terapias inovadoras para uma vida melhor. Com o Stivarga, estamos ampliando nossa carteira de produtos em oncologia, contribuindo significativamente para o crescimento futuro de nossa empresa”.
“A aprovação do regorafenibe é uma adição aos tratamentos de que dispomos para câncer colorretal metastático, importante para pacientes que não possuem outras opções”, afirmou Heinz-Josef Lenz, Médico, FACP, investigador do CORRECT e diretor associado de pesquisas clínicas e co-líder do Programa de Cânceres Gastrointestinais no USC Norris Comprehensive Cancer Center. “No estudo Fase III CORRECT, o medicamento demonstrou prolongar a sobrevida e diminuir a progressão do câncer em pacientes cuja doença havia progredido após o tratamento com as terapias atualmente disponíveis. Oferece aos pacientes uma outra forma de combater esse câncer”.
No ensaio Fase III CORRECT (Câncer colorretal tratado com regorafenibe ou placebo após fracasso da terapia-padrão), o regorafenibe associado ao melhor tratamento de suporte (BSC ou best supportive care) melhoraram significativamente a SG (HR=0.77, p=0.0102) e SLP (HR=0.49, p < 0.0001) em comparação ao placebo mais BSC. A SG mediana foi de 6.4 meses com regorafenibe versus 5.0 meses com placebo; a SLP mediana foi de 2.0 meses com o regorafenibe versus 1.7 mês com placebo. Os dados também demonstraram um benefício de sobrevida (SG e SLP) no lado do regorafenibe praticamente em todos os subgrupos analisados. Nenhuma diferença foi observada no índice de resposta geral. Cinco pacientes (1%) no grupo do regorafenibe e um paciente (0.4%) no grupo do placebo tiveram respostas parciais. Relatou-se o histórico da avaliação KRAS para 729 pacientes (96%); relatou-se que 430 (59%) desses pacientes tiveram mutação KRAS. As reações adversas a medicamento mais frequentemente observadas (≥30%) nos pacientes que receberam regorafenibe foram astenia/fadiga, diminuição do apetite e aporte alimentar, reação cutânea palmo-plantar / eritrodisestesia palmar-plantar, diarreia, mucosite, perda de peso, infecção, hipertensão e disfonia. As reações adversas a medicamento mais graves em pacientes que receberam regorafenibe foram hepatotoxicidade, hemorragia e perfuração gastrointestinal.
Os dados primários de segurança e eficácia desse ensaio foram apresentados pela primeira vez no Simpósio Anual de Cânceres Gastrointestinal da Sociedade Norte-Americana de Oncologia Clínica (ASCO-GI) em janeiro de 2012, e outros dados foram apresentados na Reunião Anual ASCO em junho de 2012.
O Stivarga foi desenvolvido e analisado segundo o programa fast track, tendo recebido a designação de análise de prioridade da FDA. Essas designações são outorgadas pela FDA visando acelerar o desenvolvimento e análise de medicamentos para o tratamento de graves doenças e para atender à necessidade médica não atendida (fast track), concedidas a medicamentos que ofereçam grandes avanços no tratamento ou que ofereçam um tratamento quando não há nenhuma terapia adequada (análise de prioridade).
Sobre o Câncer Colorretal
O CCR é o quarto câncer mais comum no mundo inteiro, com mais de um milhão de casos a cada ano. A taxa de mortalidade do CCR é de aproximadamente metade de sua incidência global. A estimativa de sobrevida de cinco anos para o CCR em média é de 55%, porém é bastante variável, dependendo do estágio da doença (de 74% dos pacientes com doença Estágio I a somente 6% para pacientes no Estágio IV).
No CCRm, a condição KRAS é um biomarcador importante, podendo ser um elemento de previsão da resposta ao tratamento. Aproximadamente 40% dos cânceres colorretais são caracterizados por mutações no gene KRAS. Algumas das terapias CCR atualmente disponíveis demonstraram eficácia somente em pacientes sem mutações KRAS (KRAS selvagem).
Sobre o CORRECT
O CORRECT foi um estudo Fase III, internacional, multicêntrico, randomizado, duplo-cego, controlado por placebo com 760 pacientes com CCRm inscritos, cuja doença havia progredido durante ou dentro de três meses após a última administração das terapias-padrão aprovadas. Os pacientes foram randomizados de forma a receber regorafenibe mais BSC ou placebo mais BSC, respectivamente. Os ciclos de tratamento foram compostos por 160 mg de regorafenibe (ou placebo equivalente), uma vez por dia, por três semanas, seguida por 1 semana de “descanso” sem tratamento (total de 4 semanas), mais BSC.
Sobre o Stivarga® (regorafenib)
O Stivarga® é um inibidor oral multiquinase que inibe várias quinases dentro dos mecanismos envolvidos no crescimento e progressão de tumores – angiogênese, oncogênese e microambiente do tumor. Em estudos pré-clínicos, o Stivarga inibe diversas tirosina-quinases de receptores VEGF que desempenham uma função na neoangiogênese do tumor (o crescimento de novos vasos sanguíneos). Também inibe várias quinases oncogênicas e do microambiente do tumor, incluindo VEGFR 1-3, KIT, RET, PDGFR e FGFR, que individual e coletivamente afetam o crescimento do tumor, formação de microambiente estromal e progressão da doença.
Também foi protocolado pedido para obter aprovação de comercialização para o regorafenibe para o tratamento de CCR metastático na UE em maio de 2012. O NDA do regorafenibe para o tratamento de CCR avançado protocolado no Japão em junho de 2012 recebeu análise de prioridade.O regorafenibe também está sendo investigado para tumores estromais gastrointestinais (GIST) não ressecáveis e/ou metastáticos para pacientes cuja doença tenha progredido, apesar do tratamento anterior com imatinibe e sunitinibe. Os dados positivos do estudo Fase III que demonstram aumento significativo na SLP foram apresentados na Reunião Anual ASCO 2012. O regorafenibe recebeu a designação de medicamento órfão e a designação Fast Track da FDA para esse tipo de tumor. A Bayer protocolou um pedido de novo medicamento junto à FDA para o regorafenibe para GIST em agosto de 2012.
Sobre a Bayer HealthCare Pharmaceuticals
A Bayer HealthCare Pharmaceuticals, divisão da Bayer HealthCare, reúne 38 mil funcionários, em mais de 150 países e está entre as 10 maiores corporações de especialidades farmacêuticas do mundo com faturamento anual superior a €10 bilhões. A Bayer HealthCare Pharmaceuticals é formada pela união mundial da Bayer e da Schering AG, oficializada em 2006. A unidade brasileira é a sua maior subsidiária na América Latina. A atuação no Brasil contempla diferentes áreas de negócio: Saúde Feminina, Medicina Especializada, Medicina Geral e Radiologia & Intervenção.
Fonte: Paraná Shop

Atriz Regina Dourado está internada com câncer grave e com metástases

Walter Breda e Regina Maria Dourado nos bastidores da novela 'América' (2005)
Walter Breda e Regina Maria Dourado nos bastidores da novela ‘América’ (2005)

A atriz Regina Dourado, de 59 anos, está internada desde sábado no hospital Português da Bahia, em Salvador.
Seu último trabalho na TV foi em 2008 na novela Mutantes – Caminhos do Coração, da Record, quando interpretou Altina, a mãe do menino-lobo Vavá (Cássio Ramos). Na mesma emissora, ela esteve no elenco da novela Bicho do Mato (2007). Antes de ser contratada pela Record, em 2007, Regina fez parte de uma série de novelas na TV Globo. A mais recente foi América (2005), em que interpretou Graça a mulher do fofoqueiro Gomes (Walter Breda), no núcleo de Vila Isabel. A atriz esteve presente em outra novela de Glória Perez, Explode Coração (1995).
Um dos primeiros trabalhos de Regina na TV foi na novela Pai Herói (1978). Depois disso, ela integrou o elenco da minissérie O Pagador de Promessas (1988), de Dias Gomes, além das novelas Roque Santeiro (1985), Felicidade (1991) e Renascer (1993).
Ela começou a carreira aos 15 anos, na Companhia Baiana da Comédia, em Salvador. Dez anos depois, se mudou para o Rio de Janeiro e estrou na TV Globo na minissérie a Morte e a Morte de Quincas Berro d’Água (1978). Sua carreira no cinema é constituída por atuações nos longas Corisco & Dadá (1996), de Rosemberg Cariry, No Coração dos Deuses (1999), de Geraldo Moraes, Espelho d’Água – Uma Viagem no Rio São Francisco (2004), de Marcus Vinícius Cesar, e outros.
Regina tem um filho, Leonardo Dourado, de 28 anos.
Informações do site da Revista VEJA e do Portal Terra

segunda-feira, 22 de outubro de 2012


Pacientes e médicos do Hospital Nossa Senhora das Graças produzem vídeo emocionante com tema musical



Os pacientes, amigos e médicos do Hospital Nossa Senhora das Graças produziram um vídeo emocionante. Em todo o vídeo, a música escolhida foi “Stronger” da cantora Kelly Clarkson.
Abaixo você pode conferir o vídeo e sua descrição

Vídeo elaborado por pacientes do setor de Hematologia e Transplante de Medula Óssea do Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba-PR, inspirado no vídeo das crianças do Seattle Children’s Hospital.
Esta filmagem foi realizada por super-heróis se doaram por meio alegria, sonhos, esperança e fé – por um mundo repleto de amor.
Seja um doador de medula óssea, compartilhe esta ideia!“A beleza das coisas existe no espírito de quem as contempla”. (David Hume)Filmagem e edição: Voluntários Felipe Torres Gonçalves e Vicente Filizola

País avança no combate ao câncer de mama, diz ministro da Saúde

BRASÍLIA – Segundo Alexandre Padilha, governo trabalha para reduzir desigualdades regionais no acesso a exames de câncer de mama….

Agência Brasil
Segundo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, governo trabalha para reduzir desigualdades regionais no acesso a exames de câncer de mama.
Segundo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, governo trabalha para reduzir desigualdades regionais no acesso a exames de câncer de mama.
BRASÍLIA – O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou nesta sexta-feira (19) que o país avançou no combate ao câncer de mama e de colo do útero, mas acrescentou que ainda é preciso superar desigualdades regionais para que mais pessoas, principalmente do Norte e do Nordeste, tenham acesso a exames preventivos e a tratamento.
Esses dois tipos de câncer são os mais frequentes na população feminina. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que em 2012, no país, haja 52,6 mil novos casos de câncer de mama e 17,5 mil de colo do útero. Ambos podem ser tratados e até curados caso haja o diagnóstico e o tratamento adequado.
Esse é o principal objetivo do Outubro Rosa, movimento que ocorre mundialmente. No Brasil, a mobilização reúne um conjunto de estratégias do Poder Público e de organizações da sociedade civil para conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce como forma de aumentar as chances de cura.
Entre as ações adotadas pelo governo federal estão programas de acesso a exames de prevenção e a tratamento. “Temos feito com que os exames cheguem mais próximo às mulheres, de forma mais regular e mais constante”, destacou Padilha, em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência em parceria com a EBC Serviços.
De acordo com ele, por ano, são realizados 30 milhões de procedimentos e tratamentos de câncer no país, “mas o acesso é ainda muito desigual.” O ministro lembrou que, além das unidades de saúde, são disponibilizadas unidades móveis para realização de mamografias em locais de difícil acesso e com menos estrutura. O Programa Mamografia Móvel foi criado por meio de portaria assinada no início do mês.
Segundo dados do Ministério da Saúde, o número de mamografias feitas no Brasil aumentou 41% no primeiro semestre de 2012 em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com Padilha, existem no Brasil mamógrafos suficientes para fazer duas vezes mais exames que o necessário, em mulheres com idade prioritária, acima dos 50 anos. O problema é que muitos aparelhos estão fora de uso ou são subutilizados, segundo o ministro.
Em relação ao tratamento, o ministério está investindo na compra de aceleradores lineares, equipamentos usados em radioterapia. Segundo o ministro, será firmado um acordo não só para a importação, mas também para a transferência de tecnologia. As empresas selecionadas se comprometerão a instalar fábricas no Brasil até 2015.
“Quando se produz no país, reduz-se o custo. As oscilações do câmbio, do dólar, não vão interferir. Além disso, haverá o acesso cada vez mais fácil, sobretudo aos chamados equipamentos de fronteira, os de última linha para o tratamento do câncer”, explicou.
O câncer de mama não ocorre somente em mulheres, embora entre os homens os casos sejam em menor número. Segundo estimativas do Inca, entre a população masculina, são registrados 250 novos casos por ano.
Fonte: Diário Comércio Indústria & Serviços / Matéria feita por Agência Brasil

quarta-feira, 17 de outubro de 2012


Após perder filho, casal seleciona embrião ‘sem risco’ de câncer

Neil e Nicky Halford batizaram o filho com o nome de Tom, atendendo ao pedido do primeiro filho Foto: Caters/BBC Brasil
Neil e Nicky Halford batizaram o filho com o nome de Tom, atendendo ao pedido do primeiro filho
Foto: Caters/BBC Brasil

Um casal britânico que perdeu um filho vítima de um tipo raro de câncer no cérebro, conseguiu ter um segundo filho saudável após passar por um tratamento de seleção de embriões. O embrião selecionado e implantado no útero da mãe não tinha um gene responsável por aumentar exponencialmente o risco de câncer no filho.
Nicky e Neil Halford, ambos com 36 anos, tiveram um filho, Ben, que morreu aos cinco anos de idade depois de lutar durante três anos contra o câncer. Nikky é portadora de um gene que aumenta a predisposição ao câncer, um problema conhecido como síndrome de Li-Fraumeni. Ela teve câncer de mama aos 21 anos.
Até o nascimento de Ben, o casal nem mesmo sabia da existência deste gene. Antes da gravidez, eles perguntaram a médicos quais as chances de a criança ter problemas como câncer, devido ao fato de Nicky ter sofrido da doença tão jovem. A resposta foi que as chances eram pequenas. No entanto, o menino foi diagnosticado com câncer no cérebro quando tinha quase dois anos de idade.
Culpa
Depois do diagnóstico, Nicky Halford insistiram para que os médicos fizessem exames que descobriram que ela e o filho eram portadores do gene raro. “Eu sabia que não poderia ser uma coincidência. Me senti tão culpada, eu me culpava (pela doença de Ben)”, afirmou Nicky.
Ben passou por três cirurgias e por tratamentos de radioterapia e de quimioterapia entre os dois e os cinco anos de idade. Entre a segunda e a terceira cirurgia, quando o menino parecia ter melhorado, Neil e Nicky perguntaram se ele gostaria de ter um irmão ou uma irmã.
Ben disse que gostaria de ter um irmão e pediu que ele se chamasse Tom. O casal se submeteu, então, a um tratamento de fertilização in vitro no qual os embriões são analisados e selecionados, mas, com a volta do câncer de Ben, os planos foram adiados. O menino ainda passou por uma cirurgia, apresentou uma melhora, mas o câncer voltou e se espalhou pelo cérebro, tornando uma nova cirurgia impossível.Ben morreu em outubro de 2010.
Única chance
O casal esperou por um ano para iniciar o tratamento para ter o segundo filho. O tratamento consiste em fazer exames nos embriões, gerados por fertilização in vitro, para detectar se algum deles tem o gene que afetou Ben.
Apenas dois embriões foram considerados apropriados para serem examinados, um deles tinha o gene e outro não tinha. Este embrião saudável foi implantado em Nicky e ela conseguiu engravidar.
“Tínhamos apenas um embrião, então, foi mesmo uma única chance. (…) Quando descobri que estava grávida, nós dois choramos”, afirmou Nicky. O filho foi batizado de Tom, como Ben havia pedido.
“Algumas pessoas são contra (este tipo de tratamento) pois elas dizem que a ciência não pode interferir na natureza. Nós queríamos dar (ao bebê) a melhor chance possível (…)”, disse Neil Halford. “Já ouvi falar de pessoas escolhendo o sexo (de um bebê), mas esta era uma questão de vida ou morte. Não poderíamos assistir a outra criança sofrendo como Ben sofreu.”
Graças ao tratamento, Tom, que está com oito semanas de idade, tem apenas 4% de risco de desenvolver câncer, um percentual muito inferior aos 50% de risco que teria caso tivesse herdado o gene que teria causado o câncer da mãe e do irmão falecido.
Fonte: BBC Brasil / Portal Terra

quinta-feira, 11 de outubro de 2012


Blumenau se “tinge” de rosa na luta contra o câncer

O mais famoso dos prédios coloridos pela campanha é o Castelinho Havan, cartão-postal da cidade, onde funciona uma loja de departamento Foto: Jaime Batista da Silva/vc repórter
O mais famoso dos prédios coloridos pela campanha é o Castelinho Havan, cartão-postal da cidade, onde funciona uma loja de departamento
Foto: Jaime Batista da Silva/vc repórter

Durante todo o mês de outubro, prédios, hospitais e edificações históricas de Blumenau (SC) se “vestem” de rosa, servindo de alerta ao combate e à prevenção do câncer de mama. A doença, que fará mais de 12 mil vítimas só em 2012, segundo o Ministério da Saúde, é tema da campanha internacional “Outubro Rosa”, celebrada no município catarinense desde 2008.
A abertura da campanha aconteceu no último domingo, 7, em missa realizada na Catedral São Paulo Apóstolo. Participaram do rito, encerrado com o acender das luzes róseas em prédios da cidade, as integrantes da Rede Feminina de Combate ao Câncer de Mama de Blumenau (RFCCM), organização responsável por aplicar na cidade a iniciativa mundial originada nos Estados Unidos, na década de 1990.
O mais famoso dos prédios coloridos pela campanha é o Castelinho Havan, cartão-postal da cidade e onde funciona uma loja de departamento. A “onda rosa” tomou conta também das fachadas do hospital Santa Catarina, do shopping Neumarkt e assumiu a cor das camisetas de funcionários de cartórios, empresas, redes de lojas e de hospitais, que “abraçaram” a campanha.
A ação, segundo a secretária da diretoria do RFCCM, Neli Salvador, é integralmente financiada por parcerias com a iniciativa privada e por eventos beneficentes, como caminhadas, palestras e jantares, além da venda de camisetas estampadas com o lacinho – símbolo da luta contra o câncer de mama. A instituição atende cerca de 700 mulheres por mês, oferecendo exames, mamografias, orientação e atenção médica gratuitamente.
O Ministério da Saúde estima que 12.852 pessoas sejam vítimas fatais do câncer de mama só em 2012. O número é superior ao registrado em 2010 – data da última estatística consolidada que o órgão disponibiliza, de 12.705 casos. Em Santa Catarina, 435 pessoas morreram da doença em 2010, dos quais 27 eram de Blumenau.
Câncer de mama
Na maioria dos casos de câncer de mama, não há uma causa específica. Há alguns fatores que estão associados ao aumento do risco de desenvolver a doença. A própria idade é um deles, pois a chance aumenta na medida em que se envelhece. Menarca precoce, menopausa tardia, nuliparidade (não ter filhos), primeiro filho em idade avançada, não amamentação e uso de terapia de reposição hormonal são fatores associados ao risco. Consumo excessivo de álcool, obesidade na pós-menopausa e sedentarismo também. Os fatores hereditários são responsáveis por menos de 10% dos cânceres de mama. O risco é maior quando os parentes acometidos são de primeiro grau (pai, mãe, irmãos, filhos).
O sintoma mais habitual é o aparecimento de nódulo, geralmente indolor. Outros sinais e sintomas menos frequentes são edemas semelhantes à casca de laranja, irritação ou irregularidades na pele, dor, inversão ou descamação no mamilo e descarga papilar (saída de secreção pelo mamilo). Podem também surgir nódulos palpáveis na axila. A recomendação é que, diante da observação de qualquer alteração ou mudança nas mamas, buscar imediatamente a avaliação de um médico.
O tratamento é multidisciplinar, ou seja, deve incluir a opinião de vários especialistas médicos, como o mastologista, o radiologista, o oncologista clínico, o radioterapeuta, assim como enfermeira especializada, psicóloga, fisioterapeuta e assistente social. Habitualmente, o tratamento pede cirurgia e é complementado pela radioterapia e quimioterapia/hormonioterapia.
Os internautas Jaime Batista da Silva e Elaine Cristina Malheiros, de Blumenau (SC), participaram do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra.
Fonte: Portal Terra

quinta-feira, 4 de outubro de 2012


Outubro Rosa: pela detecção precoce do câncer de mama


Anualmente, celebra-se em diversos países o mês da prevenção e detecção precoce do câncer de mama: é o Outubro Rosa, movimento popular que teve sua primeira edição na Califórnia (EUA), em 1997, e espalhou-se pelo mundo. Neste mês, campanhas divulgam informações sobre a doença e, especialmente, a importância de detectá-la em estágio inicial, quando as chances de cura chegam a 100%.
João Ricardo Auler Paloschi, mastologista do Hospital Amaral Carvalho (HAC), explica que este é um movimento de conscientização. “Muitas pessoas têm a visão de que o câncer de mama é uma sentença de morte e o Outubro Rosa é uma oportunidade de mostrar à população que há qualidade de vida pós-tratamento e chances elevadas de cura”.
A necessidade do autoconhecimento e valorização da mulher veem à tona no mês cor-de-rosa. De acordo com Paloschi, as pessoas precisam ver além dos mitos que rondam o assunto. “É um lembrete às mulheres de que elas devem estar atentas não só às mamas, mas à sua saúde de maneira geral”, enfatiza.
Informação
O câncer de mama é o tipo de câncer que mais acomete mulheres no Brasil e na maioria dos outros países. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), no período de 2012 / 2013 cerca de 53 mil novos casos de câncer de mama serão detectados no país. Desses, estima-se aproximadamente 12 mil mortes. Contudo, essa realidade pode mudar com a disseminação de informações. Não raro, quando uma mulher diz que está com câncer de mama, em vez de encontrar apoio e palavras de conforto, escuta lamentações e afirmações sem fundamento. Paloschi esclarece que por isso é importante entender a doença. “Aquela história de que ‘quem procura, acha’ ou ‘é melhor não mexer, senão espalha’, são achismos que devem ser banidos”.
O médico é enfático ao dizer que a morte por câncer varia muito, de acordo com os estadiamentos da doença: quanto mais avançada, maiores as chances de insucesso no tratamento.
“Às vezes me perguntam se é muito difícil dar um diagnóstico de câncer de mama. Sinceramente, não é fácil! Mas é menos difícil do que se imagina, porque a visão que as pessoas têm do câncer de mama, antes de conhecer a realidade, é infinitamente pior do que aquilo que vou explicar para ela. Na verdade, o câncer de mama na cabeça do indivíduo é muitas vezes incurável; a pessoa só consegue enxergar o lado ruim e as dificuldades do tratamento. Quando mostro a realidade, digo o que vai ser feito, quais são as chances, lógico que não é agradável, mas o impacto é menor do que o esperado”, relata Paloschi.
Reclassificação
Em linhas gerais, o câncer é uma patologia que se caracteriza por células alteradas, que perdem o controle na sua multiplicação. “As células normais têm um ciclo de vida conhecido: nascem, se desenvolvem, desempenham suas funções determinadas, envelhecem e morrem. O câncer é a quebra desse ciclo”, pontua o mastologista. Para facilitar a compreensão, pode-se imaginar que a célula alterada perde suas funções e se multiplica mais rapidamente, sem os devidos mecanismos de controle. Essa multiplicação pode acometer os órgãos vizinhos e suas funções também.
Recentemente, muito tem se falado em reclassificação dos tipos de tumores de mama, mas, segundo Paloschi, esses estudos não são novidade. “Há algum tempo sabemos que existem 4 grandes grupos de tipos tumorais, em relação a uma análise imunobiológica, se é que podemos assim dizer. Entretanto, estamos engatinhando ainda no que se refere a tratar esses diferentes grupos individualmente. Dependendo de cada um deles, podemos variar o tipo de cirurgia ou quimioterápicos e também utilizar de medicações específicas, conhecidas como terapia alvo. Esses novos conhecimentos permitem que realizemos um tratamento mais eficiente para cada um desses grupos. A expectativa é de que o avanço das pesquisas tragam novos métodos, medicações, cirurgias, entre outros, que poderão aumentar ainda mais as chances de cura da doença, individualizando cada caso. É sem dúvida um momento de muita expectativa de um futuro mais promissor na busca da cura do câncer de mama”, argumenta.
Tratamento padrão
Procedimento cirúrgico (local), quimioterapia, hormonioterapia ou terapia alvo (sistêmico), e radioterapia (que volta ao controle local), são os procedimentos básicos do protocolo para tratamento do câncer de mama. No entanto, o médico do HAC salienta que nem todas as pacientes precisam das quatro modalidades terapêuticas, assim como algumas precisariam, mas não possuem condições clínicas adequadas para tal. “Por exemplo, uma paciente de 90 anos não resistiria a todo o processo, então, o ideal é adequar o tratamento à realidade da paciente. Esgotamos as possibilidades dentro de cada caso”.
Sintomas
O nódulo palpável é o sintoma mais comum do câncer de mama, detectado por meio do autoexame das mamas (veja quadro), procedimento que deve ser realizado mensalmente, após o período menstrual. As mulheres devem ficar atentas também à:
Retração da pele;Alteração do contorno da mama;Retração do mamilo;Assimetria das mamas;Avermelhamento da pele das mamas;Inchaço nas mamas;Secreção mamilar com sangue;Gânglios que surgem nas axilas que crescem e persistem (não somem).
É importante lembrar que se a mulher tem algum desses sintomas não significa que tem câncer de mama. “Existem inúmeras outras doenças de mama que podem provocar esses sinais e sintomas, que são simples de tratar, mas que merecem atenção”, orienta Paloschi.
Com relação aos mitos acerca dos sintomas, o médico do HAC ressalta que independente do tamanho, rigidez do nódulo, apresentar dor ou não, o mastologista deve ser consultado. É ele o especialista que saberá avaliar as queixas, solicitar exames complementares e diagnosticar a doença em questão.
Paloschi comenta que também é muito comum as pessoas acharem que só devem procurar atendimento e realizar exames para avaliar a saúde mamária se apresentarem algum sintoma. Não é bem assim. Nem sempre o paciente com câncer de mama apresenta sintomas. “As pessoas acham que é preciso ter um sintoma para ter um problema de saúde. Você pode ter pressão alta e não sentir nada, ter diabetes e não apresentar qualquer sinal, enfim, muitas doenças só apresentam sintomas quando em estágio avançado e isso pode acontecer com o câncer de mama também”, adianta Paloschi. Por isso a importância de se realizar exames preventivos que devem ser realizados de acordo com as orientações médicas, em pacientes assintomáticos.
Mamografia e ultrassom
Mulheres assintomáticas, com idade a partir de 40 anos devem realizar o exame de rastreamento, a mamografia. “Quanto maior a idade, maiores as chances de desenvolver a doença, portanto, o exame deve ser feito anualmente”, explica o mastologista. Os exames indicados pelo médico poderão encontrar lesões ainda impalpáveis, de milímetros, e isso facilitará muito o tratamento e a cura da doença.
Mulheres de qualquer idade, com queixa específica, devem procurar um mastologista para investigação diagnóstica.
Segundo o médico, em um país como o Brasil, onde a mamografia ainda é de difícil acesso em muitos locais, o Outubro Rosa também torna-se uma possibilidade de fazer o exame, já que muitas ações incluem mutirão de mamografias. Ainda de acordo com o mastologista, vale destacar que o ultrassom é um exame complementar, que deve ser solicitado a critério do médico responsável e não substitui a mamografia.
Por que procurar um mastologista?
Se por volta de 40 anos atrás, o mesmo médico tratava desde unha encravada até infarto, hoje as coisas são diferentes. Graças à evolução da medicina, para a maioria dos órgãos humanos, há um especialista. “A meu ver isso é fundamental, pois o médico especialista tem um conhecimento indiscutivelmente mais amplo e profundo sobre as patologias que atua, podendo realizar um tratamento no mínimo mais eficiente”, considera Paloschi.
E ninguém melhor do que o mastologista — que para especializar-se nessa área, deve ter formação inicial em cirurgia geral ou ginecologia — para diagnosticar e prevenir doenças da mama, não só o câncer. “Não é preciso estar com algum problema para procurar o mastologista. É importante que as pessoas entendam que a conduta preventiva garante o diagnóstico precoce de qualquer alteração nas mamas, o que reflete positivamente nos resultados de qualquer tratamento”, lembra Paloschi.
Cultura
O cenário atual, especialmente do Brasil, mostra que ainda há muito que se fazer para conscientizar a população sobre o câncer de mama. Há pessoas que não realizam o autoexame, não procuram acompanhamento médico de prevenção, entre tantas outras coisas que deixam de fazer. “Um grande problema do nosso país é que as pessoas deixam tudo para a última hora, inclusive na saúde. A mudança desse paradigma é essencial para conscientizar a sociedade das medidas preventivas”, complementa o médico.
O diagnóstico precoce permite um tratamento menos agressivo. O médico acredita que o foco das campanhas deve mudar em alguns aspectos. “É preciso mostrar os benefícios do diagnóstico precoce. Hoje dispomos de diversos recursos cirúrgicos, como a biópsia do linfonodo sentinela, as cirurgias minimamente invasivas, as reconstruções mamárias utilizando-se de técnicas oncoplásticas entre outras, mas que são voltadas às pacientes com diagnósticos mais precoces. Ainda, tratamentos de quimio e radioterápicos podem ser mais brandos ou mesmo não ocorrer, dependendo da precocidade do diagnóstico. Quando a paciente se der conta desses grandes benefícios, quem sabe busque por si só um hábito preventivo, não só em relação à saúde mamária?”, questiona o mastologista.
Autoestima
O Hospital Amaral Carvalho recebe anualmente, entre convênios, particulares e pelo Sistema Único de Saúde (SUS), cerca de 600 novos casos de câncer de mama. Paloschi esclarece que é fundamental o apoio do serviço de Psicologia da instituição, que realiza visitas e acompanhamento aos pacientes enquanto estão internados e atendimento aos pacientes ambulatoriais quando necessário.
O motivo, revela o médico, é facilitar o tratamento, aumentar a adesão, tranquilizar e apoiar o paciente diante dos novos desafios a serem enfrentados por ele. “Dessa forma, não tenho dúvidas que as chances de sucesso serão maiores”, reafirma o médico. “Nós tratamos um doente, não uma doença. Tratar um paciente hígido, que pensa positivo, que está disposto, com a autoestima elevada, é muito mais provável de o tratamento dar certo, do que num paciente que não confia, não acredita, não quer”, diz.
Por isso, autoestima e apoio da família são aspectos essenciais para o sucesso do tratamento e recuperação do paciente. “O sistema imunológico reage com maior eficiência, sem dúvida, o que só tem a ajudar”, completa o médico.
Você sabia?
Quanto maior a idade, maiores as chances de desenvolver câncer de mama? Mas isso não quer dizer que pessoas mais jovens não possam ter a doença.
Que, teoricamente, para cada 100 mulheres, apenas 1 homem desenvolve o câncer de mama? É incomum, mas homens também podem ter esse tipo de câncer.
Integram o grupo de risco do câncer de mama: obesos, pessoas que bebem rotineiramente e mulheres que usam medicamentos hormonais sem controle e acompanhamento médico?
Que não é preciso ter casos de câncer de mama na família para desenvolver a doença?
Fonte: ParanaShop